sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Como manter a atenção da plateia.



Uma plateia envolvida normalmente é o resultado da ação de um bom orador.
O apresentador tem como regra a função de ser um bom comunicador e isso envolve manter a atenção de seu público. Para conseguirmos que isso aconteça é importante pensar em alguns pontos:

1- Interesse.
O seu interesse no assunto constrói o interesse do público na sua apresentação. Assim como a maioria das reações do público, essa também começa em você. Demonstre envolvimento, paixão, vontade. É isso o que faz a diferença.

2- Emoção.
Não é pra chorar ou ter acesso de riso, é pra representar com precisão cada parte emocional do seu discurso. Mesmo em um discurso de finanças é possível demonstrar emoção. O ser humano é emocional, guarda as suas memórias de forma emocional, portanto precisa se emocionar com algo para que isso seja memorável. Não seja frio, mas esquente a sua apresentação com pitadas de emoção bem dosadas, conheça bem seu discurso para saber como usar as palavras de forma estratégica a fim de causar emoção.

3- Vocabulário.
Falar errado nem sempre é o maior problema, é sim quando isso é crônico. O erro deve ser pequeno para que seja quase imperceptível. A maioria das pessoas tem algum erro de português e isso é aceitável mesmo quando se fala em público. Além disso, as palavras bem escolhidas sugerem melhor preparação do orador, que vai conquistar o público de forma natural e articulada. Falar difícil está fora de moda, o mais adequado é facilitar o entendimento para a maioria, por isso é importante conhecer seu público antecipadamente e depois adequar seu discurso para os ouvidos e interesse deles. Seu tema precisa ser vibrante e adequado. Use palavras que estejam ligadas às expectativas do seu público, bem como exemplos pertinentes à área deles.

4- Histórias.
Contar histórias é uma ótima forma de interessar o público. Todos gostam de ouvir uma história. As histórias devem ser pertinentes, devem trazer conteúdos que estejam ligados ao tema que está sendo abordado. As histórias são ilustrativas, facilitam o entendimento e reduzem o tempo de uma explicação que poderia ser bem prolongada sem o uso dela. Elas fazem seu público manter a atenção com mais facilidade, pois também estimulam a imaginação e faz relação com as realidades da vida. Mas, cuidado, seja breve e claro. Estender-se ao contar uma história, ou ser prolixo e confuso pode desestimular a audiência. A quantidade de histórias também deve ser dosada, no máximo uma para cada conceito que se apresenta difícil de ser explicado ou onde o tema se mostra muito tenso. Histórias pessoas também podem fazer parte desse conteúdo, em especial aquelas que demonstram experiência, vivência e demonstram conexão com o contexto da apresentação

Normalmente nos lembramos das boas apresentações que assistimos. Elas nos marcaram porque ficaram na memória. Esse é o efeito do conjunto da boa apresentação, ou de trechos dela que nos foram impactantes. Quando os conteúdos fazem sentido e nos mostram novos caminhos, possibilidades, aprendizado e descobertas é que eles se tornam relevantes.
Para ficar na memória, além de emocional, o conteúdo precisa fazer diferença. Na época em que vivemos, parece que toda informação já foi pensada, por outro lado, de tudo o que temos de novo, muito ainda precisa ser melhorado e esse é um dos caminhos para se pensar em uma boa apresentação. Inovação constrói interesse. Criatividade é outra característica da apresentação que mantém a atenção em alta, pois fazer sempre do mesmo jeito pode se torar cansativo, então, não é apenas o que se diz, mas como se diz que pode fazer a diferença nesse aspecto.
Por fim e sempre como regra máxima: “Não é o que o orador diz, mas o que ele é que dá peso à fala do orador”