Uma plateia envolvida
normalmente é o resultado da ação de um bom orador.
O apresentador tem como
regra a função de ser um bom comunicador e isso envolve manter a
atenção de seu público. Para conseguirmos que isso aconteça é
importante pensar em alguns pontos:
1- Interesse.
O
seu interesse no assunto constrói o interesse do público na sua
apresentação. Assim como a maioria das reações do público, essa
também começa em você. Demonstre envolvimento, paixão, vontade. É
isso o que faz a diferença.
2- Emoção.
Não
é pra chorar ou ter acesso de riso, é pra representar com precisão
cada parte emocional do seu discurso. Mesmo em um discurso de
finanças é possível demonstrar emoção. O ser humano é
emocional, guarda as suas memórias de forma emocional, portanto
precisa se emocionar com algo para que isso seja memorável. Não
seja frio, mas esquente a sua apresentação com pitadas de emoção
bem dosadas, conheça bem seu discurso para saber como usar as
palavras de forma estratégica a fim de causar emoção.
3- Vocabulário.
Falar
errado nem sempre é o maior problema, é sim quando isso é crônico.
O erro deve ser pequeno para que seja quase imperceptível. A maioria
das pessoas tem algum erro de português e isso é aceitável mesmo
quando se fala em público. Além disso, as palavras bem escolhidas
sugerem melhor preparação do orador, que vai conquistar o público
de forma natural e articulada. Falar difícil está fora de moda, o
mais adequado é facilitar o entendimento para a maioria, por isso é
importante conhecer seu público antecipadamente e depois adequar seu
discurso para os ouvidos e interesse deles. Seu tema precisa ser
vibrante e adequado. Use palavras que estejam ligadas às
expectativas do seu público, bem como exemplos pertinentes à área
deles.
4- Histórias.
Contar
histórias é uma ótima forma de interessar o público. Todos gostam
de ouvir uma história. As histórias devem ser pertinentes, devem
trazer conteúdos que estejam ligados ao tema que está sendo
abordado. As histórias são ilustrativas, facilitam o entendimento e
reduzem o tempo de uma explicação que poderia ser bem prolongada
sem o uso dela. Elas fazem seu público manter a atenção com mais
facilidade, pois também estimulam a imaginação e faz relação com
as realidades da vida. Mas, cuidado, seja breve e claro. Estender-se
ao contar uma história, ou ser prolixo e confuso pode desestimular a
audiência. A quantidade de histórias também deve ser dosada, no
máximo uma para cada conceito que se apresenta difícil de ser
explicado ou onde o tema se mostra muito tenso. Histórias pessoas
também podem fazer parte desse conteúdo, em especial aquelas que
demonstram experiência, vivência e demonstram conexão com o
contexto da apresentação
Normalmente
nos lembramos das boas apresentações que assistimos. Elas nos
marcaram porque ficaram na memória. Esse é o efeito do conjunto da
boa apresentação, ou de trechos dela que nos foram impactantes.
Quando os conteúdos fazem sentido e nos mostram novos caminhos,
possibilidades, aprendizado e descobertas é que eles se tornam
relevantes.
Para
ficar na memória, além de emocional, o conteúdo precisa fazer
diferença. Na época em que vivemos, parece que toda informação já
foi pensada, por outro lado, de tudo o que temos de novo, muito ainda
precisa ser melhorado e esse é um dos caminhos para se pensar em uma
boa apresentação. Inovação constrói interesse. Criatividade é
outra característica da apresentação que mantém a atenção em
alta, pois fazer sempre do mesmo jeito pode se torar cansativo,
então, não é apenas o que se diz, mas como se diz que pode fazer a
diferença nesse aspecto.
Por
fim e sempre como regra máxima: “Não é o que o orador diz, mas o
que ele é que dá peso à fala do orador”